terça-feira, 27 de setembro de 2011

As disputas de marketing entre Oi, Claro, Tim e Vivo


No mês de julho, a Telecom Italia Mobile (TIM) chegou à vice-liderança de mercado, com uma diferença de 609 mil linhas ativas para a terceira colocada, a Claro, segundo dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). O setor de telefonia móvel no Brasil é disputado acirradamente por essas duas empresas e também pela Vivo, que ocupa a liderança do mercado, e pela Oi, quarta colocada no ranking.


A líder Vivo apresenta, em grande parte das vezes, campanhas institucionais. O mais recente sucesso foi o clipe da música “Eduardo e Mônica”, da banda Legião Urbana, em que os produtos e serviços da empresa apareciam nas relações entre os personagens. A empresa também patrocina vários eventos e a Seleção Brasileira.


Já a segunda colocada, Tim, apresenta campanhas para alavancar as vendas do produto “Liberty” com a presença do Blue Man Group. A operadora também tem a sua marca exposta em ações e diversos eventos, além de estar presente nas camisas dos principais times de São Paulo.


A Claro faz um mix entre mostrar qualidade, imagem e produtos modernos, como os tablets e smartphones, para trazer a visão de que é uma operadora atualizada e de alta conectividade. Com a reestruturação do seu marketing, adotou ações inovadoras como o patrocínio no twitter do jogador Ronaldo Nazário, o @ClaroRonaldo, a exclusividade do aparelho Motorola Atrix e o patrocínio principal do Rock in Rio.


A quarta colocada, Oi, foca 90% de suas ações em campanhas publicitárias agressivas, para elevar o Share. A mais recente visa desmascarar o “valor agregado” dos produtos que são anunciados como grátis pela concorrência, comparando à sua própria atuação. A operadora também conta com uma boa estrutura por todo o país.


Ao mesmo tempo em que geram retorno positivo, as campanhas também dão trabalho ao Conselho de Autorregulamentação Publicitária (Conar). No primeiro semestre do ano, a TIM foi a campeã de punições do Conar. A operadora sofre oito derrotas em reuniões que definiram alterações ou suspensões de suas campanhas publicitárias. A mesma empresa também denunciou a Claro pela propaganda “Claro Fala Mais Brasill por chamada”, alegando que gerava um entendimento errado por parte dos clientes e que a chamada poderia custar muito além do anunciado. Ainda da mesma operadora, a TIM questionou também a campanha “Troque o Chip”, com a justificativa de que poderia induzir os usuários a trocar de operadora sem ter a ciência das condições reais na peça publicitária.


Além da concorrência entre si, as quatro operadoras precisam disputar o mercado com uma nova empresa do ramo: a Nextel. Recentemente, o jogador Neymar foi contratado como garoto-propaganda, com o objetivo de atingir o público jovem e associar a qualidade dele à da operadora. Em suas campanhas, a Nextel foca sua alta qualidade, praticidade e status, e suas ações estão voltados para as classes altas, com o patrocínio de eventos esportivos como a Stock Car, por exemplo.



Fonte: Meio & Mensagem/ Por Karina Sgarbi